Falsos magros existem (e são mais comuns do que se pensa)

"Gordura? Onde é que tu tens gordura? Só se for nas orelhas". Muita gente ouve estas palavras de amigos que não sabem o que é um falso magro. A nutricionista Alice Couto explica.


"Falsa magra é uma pessoa com peso relativamente baixo, mas com percentual alto de gordura", explica a nutricionista. "As falsas magras são aquelas pessoas que aparentam ter um corpo fininho, muito magro, mas têm a anca, rosto, coxas, braços mais gordinhos ou gorduras localizadas. Estas são pessoas que têm pesos adequados para a altura, mas pelo desequilíbrio interno na proporção de músculo, massa magra e massa gorda, enquanto forem jovens tudo parece no sítio, mas são pessoas que vão ter tendência a ficar flácidas, a ter oscilações de peso e mesmo com muito treino à mistura, dificilmente conseguirão atingir os resultados que pretendem — tonificação."

Apesar de a genética também influenciar, o motivo que, regra geral, leva a este tipo de corpo é o estilo de vida pouco saudável, que inclui dietas mal construídas e pouco equilibradas: muitas vezes estes corpos são de pessoas que tinham peso a mais e que ficam magras porque "o vão perdendo de forma errada, recorrendo a dietas de baixas calorias, fazendo pouco, ou nenhum, tipo de exercício físico", explica. O que acontece com estas dietas de grande restrição calórica é que elas fazem com que, em vez de se perder a gordura, se perca músculo. E a equação é simples: se o músculo desaparece e a gordura fica o corpo torna-se flácido. Além disso, e de acordo com Alice Couto, o metabolismo também fica mais lento.


Há cada vez mais homens a sofrer do mesmo problema "sobretudo os que fazem dietas restritivas e sem acompanhamento nutricional, ou que se metem a treinar como loucos e não cuidam da parte alimentar". A forma correta para se perder gordura, sem comprometer a massa magra, é a de juntar ao plano alimentar, prescrito por um especialista, exercício físico.


"Um plano de nutrição cujo objetivo é a perda de peso baseia-se em cortar calorias e não em reduzi-las drasticamente", explica a nutricionista. "Também é baseado em comer comidas saudáveis e que são menos prováveis de serem convertidas em gordura", acrescenta. E este último ponto não é só relevante para quem quer perder peso. Deve ser uma regra, "a abordagem alimentar" de toda a gente. 

Contudo, estas gorduras acumuladas são o menor dos problemas deste tipo de corpo. Antes da estética, vem a saúde: "Pessoas cujo peso é normal ou baixo, mas têm grande quantidade de gordura, têm o mesmo risco aumentado para problemas de saúde como diabetes tipo 2 e doenças cardíacas que têm as pessoas acima do peso." 


A nutricionista Alice Couto deixa um recado importante: "O segredo da boa alimentação não está nas dietas milagrosas, que prometem eliminar vários quilos em poucos dias, mas sim na reeducação alimentar. É preciso aprender a comer da maneira correta para manter o corpo em forma de maneira saudável e segura." 

Retirado da página NiT

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